Saúde

Dormir muito (ou pouco) aumenta risco de ataque cardíaco

É o que um novo estudo americano diz. O equilíbrio de sono é importante para a saúde cardíaca e não deve descuidá-lo.

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Dormir muito (ou pouco) aumenta risco de ataque cardíaco Dormir muito (ou pouco) aumenta risco de ataque cardíaco
© Getty Images
Marta Chaves
Escrito por
Mar. 30, 2020

Que dormir traz inúmeros benefícios para a nossa saúde mental, já nós sabemos. Mas mais do que isso, uma boa noite de sono ajuda ainda a reforçar o sistema imunitário, dá mais energia, ajuda a pele a ficar mais bonita e, agora, é também vital para o coração. É o que diz um novo estudo da Universidade de Colorado, mas com novas informações para a saúde: dormir pouco ou dormir demasiadas horas aumenta o risco de sofrer um ataque de coração – mesmo se for uma pessoa saudável.

“Se as pessoas querem melhorar o seu estilo de vida, os nossos dados sugerem que devem considerar se estão a dormir o suficiente ou demasiado. As nossas descobertas apoiam que estes são alguns dos fatores de risco que contribuem para a saúde cardíaca. E isto é para todos, independentemente do seu perfil de risco”, referiu Céline Vetter, uma das autoras, ao site Healthline.

Ao todo foram analisadas mais de 400 mil pessoas, com idades entre os 40 e os 69 anos, que nunca tiveram um ataque cardíaco. Os investigadores tiveram acesso a sete anos de dados médicos destes pacientes, o que permitiu verificarem as suas condições de saúde.

Assim, foram feitas as comparações entre: pacientes que dormiam entre seis a nove horas, pacientes que dormiam menos de seis horas e outros mais de nove horas.

Chegou-se à conclusão de que, em comparação com aqueles que dormiam entre seis a nove horas por noite, as pessoas que dormiam menos de seis horas tinham 20% mais hipóteses de sofrer um ataque cardíaco. Já aqueles que dormiram mais de nove horas corriam ainda mais risco – de 34%.

Quando os investigadores analisaram apenas pacientes com predisposição genética para doenças cardíacas, descobriram que dormir entre seis a nove horas reduz o risco cardíaco em 18%. Por isso, este é o intervalo de tempo ideal de horas de sono para quem pode vir a ter este tipo de complicações.

“Isto dá-nos a confiança de que existe uma relação casual aqui. A duração do sono, e não outra coisa, influencia a saúde do coração”, explica a autora do estudo. “Assim como o exercício físico ou uma alimentação saudável reduz o risco de doenças cardíacas, o sono também o pode fazer”, completa.

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