Saúde

Os cuidados com a higiene íntima não devem ser ignorados (gravidez e menopausa incluídas)

Os produtos que utiliza durante o duche podem não ser os mais adequados para a zona genital. Usa o mesmo gel de banho ou sabonete em todo o corpo? Talvez esteja na altura de repensá-los.

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Os cuidados com a higiene íntima não devem ser ignorados (gravidez e menopausa incluídas) Os cuidados com a higiene íntima não devem ser ignorados (gravidez e menopausa incluídas)
© Getty Images
Marta Chaves
Escrito por
Mar. 18, 2021

Os produtos de higiene íntima podem não ser a novidade do momento, mas ainda há quem não os leve a sério, nem os inclua na sua rotina diária. Fazemos-lhe esta pergunta: se tem cuidado com os produtos que coloca no rosto e no corpo, por que não o faz com a sua zona genital?

Estando esta mais propensa a desenvolver problemas de saúde (que já vamos falar mais à frente), há passos a ter no dia a dia que ajudam a mantê-la longe de infeções e outras complicações.

Nos últimos anos, os esforços para ajudar as mulheres a cuidar toda a sua área vaginal tem sido persistente e é por isso que hoje ouvimos falar de um conceito que veio alterar a forma como cuidamos de nós: a dermo-ginecologia.

Desta sinergia entre dermatologistas e ginecologistas têm resultado inúmeras gamas de produtos que pretendem respeitar a pele, a mucosa vulvar e vaginal, para um bem-estar íntimo geral.

Os do’s e dont’s da higiene íntima

O que podemos, então, fazer no dia a dia para termos a certeza que estamos a respeitar a nossa própria intimidade? “Quando pensamos em higiene, devemos em primeiro lugar pensar numa higiene diária e com produtos adequados à zona íntima. Assim, devem ser usados produtos com um pH adequado, que varia segundo a idade, muito suaves que respeitem o filme hidro-lipídico da pele e mucosa e ainda que mantenham um perfeito equilíbrio na flora microbiota característica desta zona”, explica-nos Joana Sousa, farmacêutica.

Espreite os produtos que utiliza no duche e pense há quanto tempo é que utiliza o mesmo sabão ou gel em todo o corpo, incluindo na zona íntima. Acontece que esta não é a melhor forma de a tratar.

A especialista refere quais são os erros mais comuns no que diz respeito aos cuidados íntimos.

Erros a evitar

Utilizar qualquer produto. “O erro mais comum é não cuidar da zona íntima com produtos adequados e pensar que podemos utilizar os mesmos produtos que usamos na higiene do resto do corpo.”

Usar produtos agressivos nos genitais. “Outro erro frequente na higiene diária é a utilização de produtos extremamente agressivos, como ‘sabões’ ou ‘sabonetes’ que, além de secarem esta zona sensível, têm ainda um pH alcalino, e por isso não respeitam o pH ácido da zona íntima.”

Não hidratar. “Outro grande erro é não hidratar diariamente a mucosa vulvar. A hidratação diária protege das agressões externas e previne o aparecimento da secura vaginal. Se hidratamos diariamente a pele do nosso rosto, por que nos esquecemos da zona íntima?”, questiona Joana Sousa.

A secura vaginal é uma situação que afeta inúmeras mulheres, sabendo-se mesmo que 50% das mulheres com menos de 50 anos sofrem desta afeção – Joana Sousa, farmacêutica

A gravidez e a menopausa

Estas são duas fases particularmente mais frágeis na saúde íntima da mulher e, por isso, os cuidados e uso de produtos adequados são ainda mais importantes.

“A gravidez é uma fase extremamente importante na vida de uma mulher”, começa por explicar a farmacêutica. “A mucosa vaginal e vulvar está mais sensível e o sistema imunitário fica deficitário, ficando a mulher sujeita ao aparecimento de infeções recorrentes. É, por isso, recomendável, usar produtos referidos anteriormente e complementar com um suplemento alimentar que reforce o aporte nutricional de vitaminas, ácido fólico e minerais, tão importantes nesta fase”.

Na menopausa, não é muito diferente. Quando a mulher entra nesta etapa, acontece uma deficiência estrogénica que, tal como Joana Sousa esclarece, tem como consequência “a sensibilidade acrescida da zona íntima, uma diminuição acentuada na produção de muco vaginal e, portanto, uma secura vaginal que pode levar à atrofia da mucosa.”

A secura vaginal é comum em ambas as situações, mas não é exclusiva dos casos de gravidez e menopausa. “A secura vaginal é uma situação que afeta inúmeras mulheres, sabendo-se mesmo que 50% das mulheres com menos de 50 anos sofrem desta afeção”, clarifica Joana Sousa.

“A diminuição da produção de muco vaginal ou a sua deficiente preservação estão na sua origem. O stresse, a toma de diversos medicamentos, o uso continuado de tampões, uma higiene não adequada, a falta de hidratação diária e a deficiência estrogénica, são as causas mais comuns”.

Ainda que não haja nenhuma complicação médica associada à secura vaginal, a verdade é que esta pode provocar um verdadeiro desconforto e até dor nas relações sexuais. “Na menopausa, sabe-se que 50% das mulheres podem sofrer de atrofia vaginal. Além disso, uma mucosa não hidratada é uma mucosa menos protegida e mais sensível ao aparecimento de outras patologias, como as infeções microbianas”, menciona a especialista.

É também comum que nesta altura haja uma alteração do pH, cujo o equilíbrio pode depender de produtos que ajudem a hidratação interna e externa.

Mas não fica por aqui. Já falámos várias vezes dos sintomas característicos da menopausa e como podem interferir no dia a dia da mulher, podendo, inclusivamente, causar mudanças drásticas na sua rotina.

A irritabilidade emocional, afrontamentos, dificuldades em dormir e diminuição da absorção de cálcio, podem ser ajudados com a toma de suplementos alimentares adequados.

Estes suplementos surgem para repor tudo o que falta no nosso organismo. “Os suplementos alimentares, como o próprio nome indica, destinam-se a complementar uma alimentação saudável, vindo fornecer um aporte de alguns nutrientes como vitaminas, aminoácidos, sais minerais e ácidos gordos essenciais importantes para cada estado da mulher”.

Relativamente à secura cutânea, a vaginal não é diferente e estes suplementos desempenham um papel fundamental no combate ao problema. “As vitaminas do complexo B, a vitamina D3 favorece a fixação de cálcio nos ossos, o magnésio que favorece o equilíbrio eletrolítico evitando os inchaços, a vitamina E com capacidade antioxidante, e tantos outros nutrientes que são úteis a restabelecer o equilíbrio que muitas vezes não conseguimos apenas com a alimentação”, explica Joana Sousa.

Ainda que não seja necessária nenhuma prescrição médica para a toma de suplementos, é importante que primeiro consulte o médico antes de iniciar qualquer tratamento. Perceba, primeiro, quais são as necessidades do seu organismo.

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