Se há aroma que associamos às manhãs, o do café é um deles. Seja qual for o método usado para o fazer, esta que é uma das bebidas mais antigas e uma das mais consumidas (bebem-se 2,25 mil milhões de chávenas por dia), só ultrapassada pela água, inunda os sentidos mesmo antes de o bebermos.
Há quem não passe sem ele e é desculpa perfeita para fazer uma pausa ao longo do dia de trabalho. “Vamos beber um café?” é uma pergunta muitos vezes dita e ouvida entre amigos.
Uns dizem ainda que é o despertador sem o qual não podem viver, outros afirmam que é a forma perfeita de terminar uma refeição. Um professor da Faculdade de Medicina de Harvard vai mais longe e afirma que é o elixir da longevidade.
Sanjiv Chopra, assim se chama o médico, é um dos maiores especialistas mundiais de felicidade e longevidade e defende que o café não só nos deixa mais felizes e criativos como também nos faz viver mais. No livro Coffee the magical elixir: Facts that will astound and perk you up (Bookbay) – em tradução literal Café, o elixir mágico: factos que o vão surpreender e animar –, compilou vários estudos que mostram os seus benefícios para a saúde quando consumido com moderação.
O que diz a ciência
• Cada chávena de café bebida reduz em oito% o risco de ter uma depressão;
• 5 ou mais chávenas de café por dia reduzem em 44% o risco de morte por doença cardiovascular;
• 40% menos probabilidade de vir a ter gota se se beber quatro chávenas de café por dia;
• O consumo de café está associado a um menor risco de doenças neurológicas, como a doença de Parkinson e de Alzheimer;
• 50% menos de probabilidade de morrer de doença hepática crónica, inclusive cirrose hepática, para quem bebe duas chávenas de café por dia;
• Quem bebe café corre menos riscos de sofrer de sete dos tipos de cancro comuns: cancro da cabeça e pescoço; mama, colorretal, próstata, pele e fígado;
• É um estimulante natural que aumenta o estado de alerta e os níveis de energia e melhora o desempenho mental, a memória, o tempo de reação e o humor;
• As pessoas que bebem café regularmente correm menor risco de desenvolver diabetes tipo 2, dado que o café promove um melhor metabolismo do açúcar e da insulina;
O comprimento dos telómeros (as extremidades dos cromossomas que tem como função principal proteger o material genético) é maior nas pessoas que bebem café, fazem exercício, meditam e seguem a dieta mediterrânica. Convém saber que a longitude dos telómeros vai-se reduzindo com o passar do tempo e que é um marcador-chave do envelhecimento molecular.