Os millennials estão a ressuscitar a astrologia. Não estamos a falar apenas dos horóscopos, conhecidos até então como a forma mais popular da astrologia. Referimo-nos não só aos signos, mas também aos planetas e aos mapas astrais.
Nos dias que correm, basta percorrermos o feed do Instagram para ficarmos a par das previsões dos astros do mês (e já sabemos que quando mercúrio está retrógrado, precisamos de repensar as nossas atitudes e ter cuidado com algumas das nossas decisões).
As redes sociais, a moda e não só, estão a popularizar esta forma de autoconhecimento de uma maneira muito simples e acessível, misturando análises astrológicas, como o movimento e o posicionamento dos astros, com os famosos memes. A astrologia, uma poderosa ferramenta milenar é vista agora também como uma forma de entretenimento.
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Os primeiros registos desta “religião” surgiram no médio oriente, com os Caldeus (povo semita, do sul da Mesopotâmia), onde há registo do primeiro mapa astral da história feito a 29 de abril do ano de 410 a.C. Esta era uma técnica de autoconhecimento utilizada, especialmente, pelas elites e ensinada nas universidades e praticada pela corte.
Quem se interessa por astrologia, normalmente está familiarizado com o seu signo solar (que depende da sua data de nascimento), mas os verdadeiros curiosos sabem que existe muito mais do que apenas o signo solar.
O mapa astral é um mundo por descobrir. Pronta para abarcar nesta aventura? Estes são os aspetos que deve ter em conta no seu mapa astral.
Em primeiro lugar, o que é um mapa astral?
Para fazer o seu mapa astral precisa não só da sua data de nascimento, mas também do local e da hora. Esta combinação de informação é o que vai dar origem a uma representação gráfica de como estava o céu no exato momento do seu nascimento.
E como é que é feita esta representação? Através “de uma mandala de 12 casas em que cada uma fala de assuntos específicos da nossa vida. Partimos do princípio que tudo gira à nossa volta, por isso, a localização dos planetas nas casas e nos signos, assim como a relação que fazem uns com os outros representam as nossas energias intrínsecas”, explica a astróloga Telma Gonçalves, à Saber Viver.
Afinal, tudo ao nosso redor é manifestado por energia e na astrologia não é diferente. “Nada é separado, nós somos parte de uma grande família cósmica que está coletivamente em evolução”, acrescenta Telma Gonçalves.
O mapa astral funciona como uma ferramenta de autoconhecimento, pois através dele conseguimos obter informações sobre a nossa personalidade, as nossas qualidades e talentos e, também, sobre os desafios que precisamos de superar.
“Quando conhecemos os nossos padrões de comportamento e os temos conscientes, temos mais clareza para fazer escolhas mais assertivas para a nossa verdadeira satisfação”, diz-nos Telma Gonçalves.
Este mapa é único e não muda. Mas, através “dos trânsitos planetários, as energias vão mudando e criando dinâmicas”, diz-nos Telma Gonçalves.
Aspetos a ter em conta para saber ler o seu mapa astral
Signo Solar
O signo solar é o signo que estava alinhado com o sol na altura do nosso nascimento, ou seja, está diretamente relacionado com a nossa data de nascimento. No mapa astral é indicado pelo sol e está associado à nossa verdadeira essência, ao nosso ego, basicamente à nossa identidade.
Ascendente
O ascendente representa a constelação que estava a surgir no horizonte no momento do nosso nascimento. Está relacionado com a forma de como nos apresentamos ao mundo, com as nossas escolhas diárias e, até, com o nosso próprio estilo (saiba aqui como calcular o seu ascendente).
“Quando conhecemos alguém pela primeira vez é provável que a imagem dessa pessoa nos seja transmitida através do seu signo ascendente, diz a astróloga Janelle Belgrave, ao Refinery29.
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Lua
A lua representa o nosso lado inconsciente e emocional. É a forma de como lidamos com as nossas emoções. “A lua fala sobre o que precisamos para nos sentirmos seguros e nutridos”, explica Janelle Belgrave, ao Refinery.
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O significados das casas
O nosso mapa astral está dividido por casas e cada uma delas representa uma área da nossa vida. Estas casas são influenciadas pelo signo que as representa e pela existência ou não de planetas nessa mesma casa.
Planetas
Cada planeta também tem uma simbologia e uma enorme influência no nosso mapa astral. Por exemplo, Mercúrio é o planeta que rege a forma como comunicamos, Vénus está encarregue do plano amoroso e exprime a forma de como amamos e Marte dá-nos a informação sobre a forma de como agimos quando precisamos de tomar alguma decisão.
O Júpiter indica-nos qual é a energia que nos favorece. Já Saturno é como se fosse o nosso mestre que nos mostra quais são os desafios que temos que superar.
Os planetas mais distantes, como Plutão e Úrano, levam mais tempo a mudar o seu posicionamento no mapa. Estes planetas são chamados geracionais e representam os desafios que uma geração tem de enfrentar.
Ainda há muito mais para saber…
A leitura de um mapa astral é algo complexo que envolve um raciocínio quase matemático. Além de termos de saber as características de cada signo, planeta e casa é necessário também entender quais é que são os aspetos que os planetas estabelecem entre si.
Onde podemos fazer o nosso próprio mapa astral?
Existem vários sites onde podemos fazer o nosso mapa astral. Estes são alguns exemplos:
• Astrodienst;
• Personare;
• Astrolink.
Se precisar de ajuda a interpretar o mapa, o ideal será contactar um astrólogo certificado.
