Dinheiro

Como ensinar os seus filhos a poupar? Siga estes conselhos

Ensinar uma criança a poupar não tem de ser algo complexo e até pode ser divertido. Reunimos algumas estratégias (de acordo com as diferentes idades) que facilitam esta aprendizagem.

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Como ensinar os seu os filhos a poupar
Vanessa Pina Santos
Escrito por
Jun. 16, 2019

Independentemente do valor dos seus rendimentos, poupar dinheiro pode ser um hábito difícil de se construir. É algo que requer muita disciplina, mas é como ir ao ginásio: só custa começar. Por essa razão, é importante que, logo desde cedo, transmita aos seus filhos bons ideais sobre o dinheiro e que os ensine a poupar.

Abrir uma conta-poupança é um bom princípio, mas de nada serve se as crianças não tiverem a plena consciência do valor do dinheiro e se não tiverem presentes ensinamentos que os vão salvaguardar para o futuro.

Para lhe facilitar este desafio, reunimos um conjunto de estratégias de poupança do livro Educação Financeira das Crianças e Adolescentes (Escolar Editora, 2013), de Ricardo Ferreira. Ora veja.

Como ensinar os seus filhos a poupar em cada idade

Dos 3 aos 6 anos

Principal lição: o dinheiro é algo valioso e, por essa razão, devemos poupá-lo.

Para este período, Ricardo Ferreira aconselha que comece por não deixar dinheiro espalhado por casa, para que não transmita a ideia de que o dinheiro é algo banal e sem valor.

Deverá, também, estipular “um ritual semanal de recolha (dos bolsos, da carteira e das diversas divisões da casa) das moedas mais pequenas de forma a colocar num mealheiro, explicando aos mais novos a importância do seu comportamento”, escreve Ricardo Ferreira no seu livro.

Além disso, também é importante criar um hábito de poupança regular (por exemplo, 1€ por semana) e estabelecer logo à partida uma data de abertura do mealheiro.

Sempre que verificar que cada um destes desafios foi cumprido, é essencial que recompense o seu filho, para que este sinta a importância da concretização de um objetivo.

Dos 6 aos 10 anos

Principal lição: é necessário atribuir objetivos ao nosso dinheiro.

É comum que durante este período os pais comecem a dar uma mesada aos seus filhos. Porém, é importante acordar em conjunto, uma percentagem da mesada para colocar na poupança. Este valor deverá ser colocado no mealheiro assim que for recebido.

Depois de ter esse valor definido, passa para o passo seguinte: atribuir à quantia de poupança objetivos a curto-prazo, como por exemplo, a compra de um livro ou algo que a criança já lhe tenha pedido.

“Nesta fase, pode envolver os petizes da família na redução da fatura energética e da água. Se tiver um só filho, poderá conferir-lhe a missão de controlar ambas as faturas. Caso tenha mais filhos, cada um ficará responsável por uma conta específica. Cada euro poupado relativamente ao mês anterior irá reverter em 50 cêntimos para o responsável pela conta em causa”, lê-se em Educação Financeira das Crianças e Adolescentes.

Dos 11 aos 14 anos

Principal lição: para a concretização dos projetos, é necessário definir prioridades.

Com a entrada na adolescência, é importante que comece a envolver os seus filhos na gestão do orçamento familiar, para que estes percebam a importância de definir prioridades.

Entre os 11 e os 14 anos já existe uma perceção maior em relação ao dinheiro e também uma tendência para pedir um aumento do valor da mesada.  Mas atenção, não tome nenhuma decisão que não seja justificada.

Nesta situação, deverá questionar os seus filhos sobre quais foram as despesas que aumentaram para verificar se o valor do aumento se justifica. Não esquecendo nunca de lhes mostrar quais são as prioridades do orçamento familiar.

Dos 15 aos 18 anos

Principal lição: analisar e comparar é fundamental para conseguirmos poupar.

Entre estas idades, é suposto que o adolescente comece a ter uma autonomia maior. Assim sendo, os pais já não assumem tanto o papel de decisores finais, mas sim de consultores.

Por exemplo, “quando a criança recebe um determinante presente em dinheiro, a decisão de colocar o montante no banco deve ser dela (de forma a respeitar a liberdade individual), mas é fundamental a intervenção dos pais na sensibilização da criança para os claros benefícios de ser prudente em poupar em detrimento de opção de gastar todo o dinheiro”, escreve Ricardo Ferreira.

Esta é uma fase importante, porque começam a surgir dúvidas em relação ao futuro, principalmente, no que diz respeito às escolhas profissionais. Caso opte pela Universidade ou por outro percurso profissional, deverá ajudar o seu filho a analisar e a comparar financeiramente as diferentes opções disponíveis.

Dicas rápidas que vão contribuir para uma boa educação financeira

Compre um mealheiro, de preferência transparente;

Envolva o seu filho nas decisões financeiras da família;

Tenha sempre um critério na hora de oferecer presentes;

Instale apps que através de jogos ou de interfaces simples, vão ajudar as crianças a compreender conceitos complicados sobre finanças pessoais. A Poupadin, por exemplo, ajuda a criar métodos de poupança (para os pais, estas são as apps que vão salvar as suas finanças pessoais).


Pronta para ensinar os seus filhos a poupar? Veja ainda estas estratégias simples para poupar água. 

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