Numa sociedade cada vez mais competitiva, dependente do digital e onde todos os dias surgem novos ‘gurus’ da felicidade ou apps que nos dizem o que devemos fazer para sermos perfeitos, é inevitável não falar de liberdade.
Surge, então, esta Saber Viver de abril com o objetivo de nos fazer refletir sobre as nossas escolhas, decisões ou a forma como vivemos a (ou) em liberdade.
Fomos perceber se nos sentimos livres para dizer ou escrever tudo aquilo que pensamos, se decidimos de acordo com as nossas convicções, se percebemos o impacto que tem em nós o tempo que desperdiçamos a fazer scroll no Instagram ou o poder que as redes sociais têm na formação da nossa opinião e da nossa personalidade.
É que estas, por um lado, permitem um acesso mais livre à informação, por outro são muitas vezes cenário de manipulação dos factos. Também quisemos perceber que influência têm os ditames da moda e as tendências de beleza na forma como nos vemos, universos que são muitas vezes palco para a liberdade de expressão, mas também palco para a ditadura da imagem.
Até onde esta sociedade em que vivemos nos limita a liberdade de sermos quem realmente somos? Até onde nos limita a liberdade de Ser, Sentir, Pensar e Decidir?
Respostas por dar e que são transversais a múltiplas áreas tão femininas. Falámos com artistas, especialistas e personalidades de mundos profissionais distintos e colocamos todas estas questões a discussão.
Para ler em Livres para ser e A liberdade da beleza (págs. 28 e 60, respetivamente) e em Estará a liberdade em risco (pág. 90).
O que pode encontrar nas páginas da Saber Viver de abril (nas bancas)
Ainda sobre a liberdade para Sentir, que em muitas situações não acontece pelo receio de se demonstrar fragilidade ou suposta imperfeição – que é também um dos desafios dos nossos tempos! -, nos últimos meses, tem sido um tópico popular em podcasts e conversas entre amigos, as questões da ansiedade e medo de falhar no trabalho.
São vários os testemunhos de pessoas de diferentes meios, idades e profissões que em comum têm o facto de não acreditarem nas suas capacidades, boicotarem o seu próprio mérito – a chamada síndrome do impostor (mesmo quando até são bem-sucedidos) e recearem falar dessas inseguranças como se tal fosse sinónimo de incompetência.
Um sofrimento que muitas vezes inibe a procura de ajuda e o próprio crescimento profissional. com consequências em termos na saúde mental. Sobre este tema, destaco o tema Acha-se uma impostora? (pág. 98).
Espero que esta edição a inspire a que se sinta sempre livre para decidir o que é melhor para si, mesmo que isso implique romper com hábitos que lhe dão uma aparente segurança, mas que a podem estar a privar dos seus sonhos ou a impedir de ser quem verdadeiramente é.
A edição de abril da Saber Viver já está nas bancas, num local perto de si.