Quem acredita que o teletransporte existe apenas no mundo da ficção, terá de repensar melhor. Afinal, sem bilhetes de avião ou horas à espera na sala do aeroporto ou nos céus, entre as nuvens, podemos chegar à Ásia, em muito menos tempo.
Como? Sem tecnologias do universo cinematográfico, é apenas necessário chegar ao número 81 da Rua da Fábrica, no Porto. Foi aí que abriu, este mês, o novo gastrobar com sabores vindos diretamente do Oriente.
Este que é o mais recente projeto do empresário nortenho Miguel Camões – também responsável por outros espaços na zona, como o The Gin House, a Vermeturia da Baixa, o The Royal Cocktail Club e o Zapata by Chakall -, chama-se Asia Connection e promete ser o ponto de encontro de muitos jantares de amigos e saídas fora de horas.
Aí, das 18h00 às 02h00 ou, às sextas-feiras e sábados até às 04h00, é possível, não só experimentar diferentes pratos asiáticos, como provar cocktails com influências orientais ou dar um pé de dança, ao ritmo de Dj sets renovados todas as semanas. Sim, no piso térreo, o ambiente convida a dançar até de madrugada, sob as luzes baixas e os chamativos néons “Dance as you are”.
Oriente à mesa
É assim que se diferencia numa Invicta dinâmica e em constante mudança. Mas não só. Fugindo ao clássico sushi (ainda que Miguel Camões admita que possam adicionar ao menu, caso os clientes assim o peçam), optaram por pratos mais distintos, como os Spring rolls de pato, com molho de hoisin de framboesa, ou o Jiazo Zi de shiitake com um caldo trufado que, ao chegar à mesa, emana um aroma absolutamente tentador.
Também o Katsu Sando de Fois Gras, repleto de sabor, é obrigatório, tal como a fresca vieira e líchias, das Filipinas. De modo a aproximar o conceito ao território português, surge, na carta, um bao mantou de bacalhau fresco em tempura, molho de pimenta preta e pickles.
Para terminar a refeição, que tem a mão do chef João Pupo, peça um Mantou frito com gelado de amendoim e caramelo “satay”, um Kulfi de manga, pistácio e cardamomo ou o Cheesecake de matcha e sésamo preto com molho de framboesa.
Cocktails com toque asiático
No entanto, nem só de pratos se faz, por definição, um gastrobar. Há ainda, claro, cocktails de autor, uma extensa seleção de sakes (que promete crescer ao longo do tempo), kombuchas e chás. E, garantimos-lhe, se abandonar o espaço sem provar pelo menos uma das bebidas, irá arrepender-se.
De entre as propostas, destaca-se o Asian Mule – um sake com pimenta de Sichuan, sumo de lima, ginger beer, xarope de açúcar de gengibre -, que, de cada vez que o bebe, experimenta diferentes sabores e texturas, como nunca antes havia sentido; e o Sasuga!, que leva gin, cordial de jasmim, sumo de limão e kombucha. A sangria de sake, com flor de sabugueiro, pepino, gengibre e chá sench é também mandatória.
Um espaço descontraído
O mural assinado pelo artista portuense Fedor numa das paredes do espaço dita a irreverência do Asian Connection. Contudo, este procura ser também descontraído e trazer alguma da dinâmica da cidade para o interior.
“Tentámos que houvesse um contacto muito direto com a rua, com a dinâmica e a confusão que estas ruas têm”, explica Miguel Camões, à Saber Viver, acrescentando: “Existe uma comunhão com a rua e é por isso que temos mesas altas, para termos uma abordagem mais descontraída”.
Pelo contrário, o andar superior é mais tranquilo, ainda que não fique isolado do resto do espaço. “Tem também contacto com a rua, mas está numa zona muito mais privada”, repara o responsável. É, assim, pensada para um jantar a dois, mais sossegado, que poderá terminar de forma animada no piso térreo.
Há ainda um terceiro andar, no -0, onde fica, não só a cozinha, como uma sala privada para grupos. Aí, existirá uma ementa especial, à parte da carta do gastrobar. Todavia, só estará em pleno funcionamento a partir de junho.
O menu completo pode ser consultado, aqui.
