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Parvovirose canina: afinal, que doença é esta?

Sabia que a parvovirose é umas principais doenças em cães? O Dr. Bigodes explica tudo sobre esta condição.

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Parvovirose canina: afinal, que doença é esta? Parvovirose canina: afinal, que doença é esta?
© Pexels
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Jan. 08, 2023

Causada pelo vírus da família Parvoviridae, chamado parvovírus canino tipo 2, a parvorivirose canina é extremamente contagiosa e pode ser fatal quando não diagnosticada e tratada precocemente. Em latim, o termo “parvo” significa pequeno, refletindo as pequenas dimensões do vírus.

Apesar de poder contagiar cães de todas as idades, é mais frequentemente detetada em cães não vacinados, entre as seis semanas e os quatro meses de idade.

O sistema digestivo e a medula óssea são os principais afetados por esta doença. Além disso, a condição é responsável por quadros de anemia, miocardite aguda e de enterite hemorrágica.

Saiba mais sobre esta doença viral, que tratamentos existem e como pode manter o seu amigo de quatro patas protegido.

Como se transmite a parvovirose canina

Os patudos contraem a doença pela ingestão de substâncias infetadas pelo vírus. A transmissão pode acontecer via oro fecal, isto é, o vírus é excretado nas fezes e outros animais que entrem em contacto com as mesmas fezes, podem ficar infetados.

A transmissão pode também ocorrer através do contacto direto cão-cão ou pelo contacto com comida, água, objetos ou superfícies contaminadas com o vírus.

O período de incubação – altura em que o cão está em contacto com o vírus e o momento exato em que manifestam sintomas da doença – é entre cinco a sete dias.

Raças como os Rottweiler e cães entre as seis e as oito semanas de idade apresentam uma maior taxa de mortalidade. – Dr. Bigodes

Uma vez dentro do corpo, este vírus entra nas células e multiplica-se rapidamente. Os órgãos mais afetados são o estômago, intestinos, coração e tecido linfático, como a medula óssea.

Este vírus é altamente contagioso, uma vez que consegue resistir a variadas condições atmosféricas e sobreviver num ambiente durante mais de seis meses.

Não é possível eliminá-lo do solo sem que, consequentemente, seja preciso eliminar toda a vegetação. Em espaços interiores, habitados por animais infetados, é recomendado limpezas profundas com lixívia.

Em relação ao diagnóstico, deverá sempre consultar o seu veterinário para que seja possível fazer exames completos que confirmem, ou despistem, a doença. Através de análises específicas como, por exemplo, ao sangue ou às fezes, é possível identificar o vírus.

A que sintomas deve estar atenta

A febre e o cansaço são os primeiros sintomas que costumam ser manifestados pelo cão após a infeção.

Os sintomas da parvovirose canina evoluem rapidamente para vómitos persistentes e diarreia aquosa, na maioria das vezes com sangue.

Os problemas gastrointestinais são outra das consequências da infeção. Os patudos começam a perder muitos líquidos e ficam desidratados.

Esta doença também afeta o coração, enfraquece o sistema imunitário, podendo aparecer inflamações do músculo cardíaco e infeções secundárias.

A depressão, a prostração, a perda de peso repentina ou a anorexia, causada pela perda de apetite, são outros sinais manifestados pelo animal contaminado.

A vacinação pode ser o suficiente para salvar a vida do seu companheiro de quatro patas – Dr. Bigodes

Tratamentos

Cada tratamento é adaptado consoante a gravidade do quadro clínico. O principal objetivo é conseguir diminuir a intensidade dos sintomas, permitindo a recuperação do animal. Quanto mais depressa for feito o diagnóstico, maior a probabilidade de cura.

Em primeiro lugar, é recomendado que os animais contaminados sejam internados numa fase inicial do tratamento. Desta forma, garante-se que ficam isolados, evitando que novos contágios aconteçam. Além disso, os locais frequentados pelo cão devem ser desinfetados.

É imprescindível que os cães doentes recebam fluidos intravenosos (soro), pois perdem grandes quantidades de líquidos através dos vómitos e diarreia. Também poderá ser indicada medicação (antieméticos) para tentar controlar os vómitos.

Outras intervenções médicas aconselhadas são a administração de antibióticos – para poder combater possíveis infeções secundárias – medicamentos protetores do estômago e analgésicos para as dores.

Raças como os Rottweiler e cães entre as seis e as oito semanas de idade apresentam uma maior taxa de mortalidade.

Prevenção de parvovirose canina

Já todos ouvimos dizer que prevenir é o melhor remédio. A vacinação pode ser o suficiente para salvar a vida do seu companheiro de quatro patas.

A primeira vacina contra a parvovirose deve ser administrada entre as seis e as oito semanas de idade. Até este momento, os cães bebés estão protegidos com anticorpos maternos transmitidos pelo leite.

O reforço deve ser feito a cada três a quatro semanas até completarem 16 semanas de idade. Depois, a vacina deve ser reforçada uma vez por ano.

As cadelas grávidas devem ser vacinadas com duas semanas de gestação, para poderem transmitir os anticorpos aos filhos. Aos cães em risco de uma maior exposição, que estejam em canis ou que frequentem exposições caninas, é recomendado que se vacinem de seis em seis meses.

Aconselhe-se sempre com um profissional e lembre-se que pode agendar a vacina do seu cão.

A higienização do ambiente, assim como as consultas de rotina, são outras medidas importantes na prevenção desta doença.

A não esquecer

  • A parvovirose canina é uma doença altamente contagiosa e com elevada taxa de mortalidade (os animais adoecem muito rapidamente);
  • A parvovirose canina pode ser fatal, sendo que a taxa de mortalidade varia consoante o tempo de atuação (precoce ou tardia);
  • A transmissão é feita pela ingestão de substâncias infetadas pelo vírus. Pode acontecer por via oro fecal, mas também pelo contacto direto com outros cães e objetos contaminados;
  • A febre e o cansaço são normalmente os primeiros sintomas manifestados. O sangue no vómito e diarreia, bem como o cheiro característico de infeção desta doença são muito frequentes. Aliás, o cheiro permite, muitas vezes, identificar a doença;
  • Em relação ao tratamento, os cães recebem soro para combater a desidratação, assim como medicação para controlar os vómitos;
  • A vacinação é a melhor prevenção. Não se esqueça de agendar a do seu patudo.

Dr.Bigodes nasceu para facilitar a vida aos donos dos animais de estimação. Se vai de férias e não sabe onde deixar o seu melhor amigo de quatro patas ou uma simples ida ao veterinário é um stresse, então este projeto diferenciador foi criado a pensar em si. Conheça todos os serviços e acompanhe tudo através do Instagram e Facebook.

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