Às mesas do Erva já se celebram as estações mais quentes do ano, e a mudança de carta foi total, o que se mantém é o compromisso com a sustentabilidade, sazonalidade e o forno a lenha onde os pratos são maioritariamente confecionados, o que lhes dá um sabor muito característico. Os produtos portugueses são os grandes protagonistas e foram eles o grande mote para esta alteração radical do menu.
“Já algum tempo que a nossa ideia era trabalhar entre 90 e 100 por cento o produto nacional e, depois de muita pesquisa e contacto com os produtores, estávamos prontos para dar este passo, daí a alteração. Além disso, os nossos bestsellers já estavam na carta desde 2019; era altura de mudar”, explica o chef do Erva João Moreira. Mas os fãs desses mesmos pratos podem ficar descansados, alguns vão voltar de quando em vez, segreda-nos o chef, que aconselha os comensais a ficarem atentos às redes sociais do restaurante.
No Erva, encontram-se, assim, pratos originários de várias regiões com os respetivos produtos a brilharem em cada um, estando alguns deles destacados na própria carta. Se tivesse de escolher apenas um prato, João Moreira escolheria o lírio dos Açores com arroz cremoso de coentros e lima (28€). “É um arroz caldoso, finalizado com tomate fresco, que tem um molho verde de coentros e lima. O lírio é apenas grelhado com sal e aproveitamos as suas espinhas para fazer o caldo onde abrimos o arroz”, descreve o chef.
A par deste arroz, um dos pratos mais pedidos é o polvo do Algarve (polvo grelhado, batata a murro, espinafres, molho de pimentos, 27€), afirma João Moreira. Destaque ainda para o porco preto alentejano (25€) que não é mais do que um cachaço que se desfaz na boca, com um arroz de enchidos e laranja que só por si já podia ser um prato principal, diga-se de passagem. Mas, um conselho, não comece a refeição antes de olhar para as entradas.
O coração de alface (cogolho, creme depimentos, queijo São Jorge, 12€) e os croquetes de leitão à Bairrada com maionese de laranja do Algarve são mesmo de provar. Para terminar, a sugestão passa por sobremesas como o requeijão de Penela com doce de leite e gelado de tangerina (9€) e a baba de camelo, flor de sal de Aveiro, avelã (8,50€). “A baba de camelo é servida na mesa de forma a criar uma ligação com o cliente”, afirma o chef.
Onde: Av. Columbano Bordalo Pinheiro, 105B, Lisboa.
Quando: Todos os dias, das 12h às 24h30 (a cozinha fecha às 23h30).