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Aprenda a atenuar as estrias e a prevenir o seu aparecimento

Quando o assunto é estrias, o melhor é deixarmos os milagres de parte e apostar em soluções possíveis. Aprenda a disfarçá-las e a prevenir o seu aparecimento.

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estrias
Marta Chaves
Escrito por
Abr. 16, 2019

Aqueles riscos na pele que surgem em diferentes zonas do corpo podem ser um tenebroso pesadelo sem fim. Surgem em alturas específicas da vida, como a gravidez ou a adolescência, e sabemos que nunca vão desaparecer por completo. Porém, há formas de contornar o problema em casa e de melhorar a aparência da pele com tratamentos clínicos.

Que soluções reais estão, então, ao nosso alcance? Vasco Coelho Macias, dermatologista da Clínica Ibérico Nogueira, ajudou-nos a perceber de que forma podemos lidar com as estrias e em que tipos de pele são mais propensas a aparecer.

O que são estrias?

As estrias são como pequenas cicatrizes. Aparecem quando “há uma disrupção das fibras normais da pele”, habitualmente em períodos de crescimento rápido, explica Vasco Coelho Macias. “Digamos que a pele não tem capacidade de acompanhar este surto de crescimento e acaba por esticar em excesso, criando aquela zona atrófica”.

Como já pode ter reparado, esta zona é caracterizada por ser normalmente “esbranquiçada”, mas podem nem sempre ter este aspeto. Na verdade, há razões para algumas estrias terem um aspeto avermelhado ou roxo e outras serem brancas.

Estrias vermelhas vs. brancas

“Numa fase inicial, podem ser mais vermelhas. São aquilo que nós chamamos de estrias rubras”, explica o dermatologista. Isto acontece porque há naquela zona do corpo um processo inflamatório, típico de lesões mais recentes. Daí o aspeto avermelhado.

No caso das estrias brancas, também conhecidas como as alba, significa que as lesões são mais antigas e, consequentemente, há pouco que se possa fazer para reverter a situação.

“Não conseguimos eliminar estrias, conseguimos melhorar. A mesma coisa em relação às cicatrizes”, garante o especialista. Porém, há passos que pode dar para atenuar o seu aspeto e para que a textura da pele se torne mais suave.

Porque é que há pessoas com mais estrias do que outras?

“É muito frequente surgirem, por exemplo, na altura da gravidez, em que há mais volume na zona abdominal e mamária”, explica Vasco Coelho Macias. Depois, há ainda a possibilidade de surgirem também na altura da adolescência, sendo que são mais “comuns na região lombar, nas costas” e surgem sobretudo devido ao crescimento rápido.

O aumento rápido de peso pode também contribuir para a disrupção das fibras naturais da pele. Mas não são estes os únicos fatores a influenciar o surgimento das estrias.

“Haverá provavelmente alguma predesposição genética”, refere o especialista. Isto pode explicar porque é que há pessoas com este problema mais visível do que outras. “Todos nós conhecemos senhoras grávidas que não têm uma estria e outras que estão grávidas e que têm imensas. E muitas vezes usaram os mesmos cremes, ou, às vezes, a que não tem estrias, não teve cuidado em usá-los”.

Há luz ao fundo do túnel?

Depende de tudo um pouco: do tipo pele, do fator genético, do que optamos por colocar na pele e da fase em que a estria está. Se os tratamentos forem feitos na fase da adolescência, por exemplo, de forma “regular e correta, conseguimos melhorias muito significativas e satisfatórias”, refere o especialista.

Já as estrias mais antigas, brancas, não beneficiam tanto de cremes. “Aí normalmente os tópicos são um complemento, mas habitualmente não são suficientes”.  Isto acontece porque “as fibras já estão degradadas e partidas e só com os tópicos temos uma capacidade muito limitada de conseguir regenerar a pele”, adianta.

No que diz respeito à escolha dos produtos, os anti-estrias acabam por ganhar vantagem, por tratarem diretamente o problema. Porém, a ação pode ser limitada. “ Os cremes anti-estrias normalmente são hidratantes e têm concentrações muito baixinhas [de princípios ativos] porque, habitualmente, os princípios ativos eficazes no tratamento das estrias são irritativos”, esclarece o especialista.

Segundo Vasco Coelho Macias, no caso de cremes com elevada concentração de princípios ativos, podem esperar-se alguns efeitos secundários, como descamação e vermelhidão. Neste caso, a necessidade de concentração varia sobretudo com a localização das estrias. “Há zonas de pele que são mais resistentes e aí podemos fazer uma concentração maior”. Zonas como o peito, onde a pele é mais fina, “não vamos usar uma concentração tão elevada como para as costas ou região glútea, por exemplo”.

Além disto, o especialista adianta ainda um avanço recente na medicina que explica como é que os cremes para este tipo de problema funcionam. “Há alguns estudos curiosos que demonstram que os cremes anti-estrias não têm um benefício tão significativo na prevenção das estrias comparativamente, por exemplo, a um hidratante. Parece que o que é importante na prevenção das estrias é uma boa hidratação da pele”.

Vamos à clínica

Para disfarçar as estrias em consultório, Vasco Coelho Macias deixa duas sugestões com “resultados muito bons e que nos dão uma ajuda na melhoria da textura pele”:

 Laser: o dermatologista assegura que é possível disfarçar as estrias rubras com uma ou duas sessões de laser vascular. “Essa vermelhidão desaparece e ficam muito mais atenuadas”. Porém, para as pessoas com pele morena, é “um pouco arriscado”, pois têm mais probabilidade de ficar com manchas;

 Microneedling: “Funciona muito bem para tentar ajudar a estimular a renovação da pele e a diminuir o volume e a largura da estria”.

Produtos que podem ajudar

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