Saúde

Suor Excessivo: o que é a hiperidrose e como afeta a vida diária

Suar é natural, mas, quando se torna excessivo e incontrolável, pode ser sinal de hiperidrose, mesmo sem sabermos. Esta condição afeta cerca de 3 por cento da população e vai muito além do desconforto físico, impactando a autoestima e as relações sociais. Descubra dicas para o quotidiano e, sim, tratamentos.

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Suor Excessivo: o que é a hiperidrose e como afeta a vida diária
Mai. 27, 2025

Evita a todo o custo apresentações no trabalho? Foge de apertos de mão e, ainda mais, de abraços? Desiste de atividades desportivas em grupo e toma vários banhos por dia? Tem sempre lenços de papel ou uma toalha à mão?

De facto, estas são algumas das estratégias que muitas pessoas – 3 por cento da população mundial – utilizam para lidar com o enorme desconforto físico e embaraço social causado por uma condição médica designada de hiperidrose.

Mas afinal, o que é a hiperidrose?

É uma doença que consiste no excesso de suor em áreas específicas ou generalizadas, como as palmas das mãos, as plantas dos pés, o rosto, o peito, as axilas, frequentemente acompanhados de manchas visíveis na roupa. Esta patologia afeta bastante a vida diária, estando associada a desconforto e problemas, entre os quais irritações na pele e até infeções fúngicas.

Muitas vezes desvalorizada, a hiperidrose tem um impacto medido na saúde mental, nomeadamente na autoestima e interações sociais Pode, assim, interferir em atividades diárias banais, como escrever, cumprimentar alguém, praticar desporto ou fazer apresentações, devido a uma preocupação excessiva com a aparência, ansiedade antecipatória, sentimentos de vergonha e embaraço.

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Estudos revelam um haver impacto psicológico significativo, com aumento do risco de ansiedade, isolamento e fobia social e inclusive, quadros de depressão.

Principais causas

Quando as glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção e secreção do suor, são estimuladas mais do que necessário, produzem igualmente mais suor do que o normal. Esta doença pode ser primária, sem causa médica aparente (e também pode ser hereditária), ou secundária, estando associada a outras condições médicas ou medicamentos.

Fatores genéticos, alterações hormonais e condições como hipertiroidismo, por exemplo, podem contribuir para o seu desenvolvimento.

Como gerir o quotidiano

“Não mude de camisa, mude de solução”, lemos em letras em grandes no site de oficial da farmacêutica Cantabria Labs, especializada em dermatologia e com um foco especializado nesta patologia. De forma a aliviar o peso da hiperidrose no dia a dia, preste atenção a estas questões:

  1. Alimentação. Certos alimentos são de evitar, como ingredientes picantes, naturalmente, e mesmo a cafeína. A hidratação também é fundamental e para isso é importante garantir dois a três litros de água diários – além de favorecer uma transpiração mais leve e inodora, contribui para o bom funcionamento dos rins.
  2. Higiene. Uma boa higiene corporal é fundamental, com banhos diários de preferência com água morna. As temperaturas mais extremas (quentes ou frias) favorecem o processo de transpiração.
  3. Roupa. Um guarda-roupa adaptado é essencial, através do uso de peças de tecidos frescos e naturais, como o linho e o algodão, assim como calçado respirável.
  4. Espaço. Uma boa ventilação dos espaços onde passamos mais tempo, nomeadamente o nosso local de trabalho, é importante.
  5. Fatores psicológicos. Na medida do possível e com efeitos positivos transversais a outras áreas da vida, deve-se procurar reduzir o stresse e a tensão, com recurso a exercícios de relaxamento, por exemplo.
  6. Informação. Finalmente, informação é poder e tem de provir de fontes fidedignas, como farmacêuticas, organizações de saúde, centros médicos. É fugir da desinformação, dos mitos e das mezinhas.

Existe tratamento?

Depois de um diagnóstico completo feito pelo seu médico, será preciso avaliar necessidades individuais e elaborar um plano de tratamento personalizado.

Podem ser aconselhados diferentes tipos de tratamento para o alívio dos sintomas da hiperidrose como a recomendação de antitranspirantes, anticolinérgicos tópicos, toxina botulínica ou botox, mas também tratamentos orais adicionais e, inclusive, em situações mais extremas procedimentos cirúrgicos.

Paralelamente, as estratégias de gestão emocional são um complemento fundamental: procurar apoio psicológico; estabelecer uma comunicação aberta e de partilha com amigos e familiares para reduzir o estigma e promover a conversa, práticas de relaxamento, como a meditação, para o controlo do stresse.

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Em resumo, a hiperidrose pode gerar a sentimentos de vergonha e desconforto, algo que é preciso combater, sobretudo, porque pode afetar fortemente a autoestima e as interações sociais e, consequentemente, a qualidade de vida. É, desta forma, fundamental procurar orientação médica.

Um Dermatologista ou Médico de Medicina Geral e Familiar (MGF) poderão fazer uma avaliação apropriada e diagnóstico preciso, e recomendar o tratamento mais adequado, que pode ir desde ajustes ao estilo de vida, porventura bastante úteis até mesmo sem a condição, a intervenções médicas específicas. Consulte a informação no site oficial da Cantabria Labs.

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