Book Club: os livros que a redação quer ler em setembro

Sempre fui amante de história e, por isso mesmo, este mês, decidi escolher um livro sobre guerra. Este explora a história de Paula Bloom, que, depois de se formar como agente dos serviços secretos norte-americanos, regressa ao seu país natal, Alemanha. Num dos campos onde se encontram detidos importantes oficiais nazis, Paula irá interrogar Johann Kupfer, um judeu austríaco que afirma ser o célebre Sete, o espião da Alemanha mais temido em toda a Segunda Guerra Mundial.

Animais, em particular cães, são uma paixão que nunca vou deixar de ter. Por isso, claro que não podia deixar de adicionar um livro sobre patudos na minha lista deste mês. Este conta a história Maxi, um cão que ajuda Timminy (um jovem que sofre de bullying) a aprender inúmeras lições de vida. Uma vez li que os animais vivem menos tempo porque já nascem com o poder de amar incondicionalmente – e é exatamente isso que devemos aprender com eles.

Maya Angelou não só é uma escritora e poetisa de renome, como uma mulher inspiradora. Em setembro, regresso à leitura com este livro que prossegue o ciclo autobiográfico da autora iniciado em Sei Porque Canta o Pássaro na Gaiola. Explora o limiar entre a adolescência e a idade adulta, a procura de um lugar no mundo e a coragem necessária para sobreviver numa sociedade hostil.

Conheci Annie Ernaux quando recebeu o Prémio Nobel da Literatura, em outubro do ano passado, e tenho lido alguns livros dela desde então. Não apenas pela distinção, mas porque os seus títulos são realmente bons. Não Saí da Minha Noite é o mais recente da autora, que conta como foram os últimos momentos da vida da sua mãe, diagnosticada com a doença de Alzheimer.

Enquanto feminista assumida, procuro sempre livros sobre (des)igualdade de género e histórias sobre ser mulher. Este promete colocar de lado todo o “pudor”, “decoro” e “tranquilidade, pela “história extremamente pessoal” da escritora, que reflete sobre desejo feminino, maternidade, agressão sexual, “a suposta «zona cinzenta» do consentimento”, entre outras questões pertinentes.

Claro que entre estes livros tinha de existir um thriller – mesmo que esteja classificado como Memórias e Testemunhos no site. Um Golpe no Céu tem uma história verídica por trás, a de duas primas e o irmão da autora que foram atacados numa ponte sobre o Mississípi, em 1991. Recorrendo, não só às vítimas, como às suas famílias, retrata as consequências da agressão, as sentenças, investigações policiais e o desfecho em tribunal.

Vou fazer uma confissão: sou uma autêntica grammar nazi. Sim, sou aquele tipo de pessoas que revira os olhos sempre que lê um qualquer outdoor sem uma vírgula a separar o vocativo (já agora, o correto é “olá, Aveiro”, marca que tem um cartaz à entrada da cidade). Por isso, tudo o que seja sobre gramática chama-me à atenção. E este livro não foi exceção.