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Empoderamento feminino: 6 contas de Instagram para seguir (e refletir)

Body positive, igualdade salarial e assédio sexual são alguns dos temas explorados nestas contas de Instagram. Conheça as seis que não podem mesmo faltar no seu feed.

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Empoderamento feminino: 6 contas de Instagram para seguir (e refletir)
Vanessa Pina Santos
Escrito por
Jun. 03, 2019

As redes sociais têm vindo a ser associadas a vários problemas psicológicos, como a depressão, a ansiedade e a fobia de não pertencer a lado nenhum (FoMO). O estudo #StatusOfMind revelou que alguns destes problemas estão associados à exposição, constante, de uma ideia de perfeição que não existe.

No entanto, nem tudo é mau. A tecnologia permitiu que fossem criados novos espaços de discussão e de partilha, principalmente, entre as mulheres que encontraram, nestas aplicações, a possibilidade de se fazerem ouvir.

Temos o exemplo do Instagram, que embora seja considerada uma das aplicações mais nocivas para a saúde mental, também é onde o empoderamento feminino se tem espalhado de minuto em minuto. São várias as mulheres feministas que falam sobre a igualdade de direitos, body positive e outros assuntos que mostram ao mundo a importância de ser mulher.

Na lista que se segue, partilhamos consigo seis contas de Instagram que procuram desmistificar preconceitos associados à mulher e, acima de tudo, consciencializar homens e mulheres para a igualdade de género.

6 contas de empoderamento feminino a seguir no Instagram

@womensmarch

O Women’s March surgiu na sequência do movimento feminista em resposta à campanha eleitoral de Donald Trump, em 2017. As ruas de várias cidades dos EUA (e não só) encheram-se de mulheres que apelaram à igualdade de direitos.

“A Women’s March está empenhada em desmantelar os sistemas de opressão, através da resistência não violenta e na construção de estruturas inclusivas guiadas pela autodeterminação, dignidade e respeito”, lê-se no site da organização.


@timesupnow

A Time’s up now é uma organização liderada por mulheres, entre as quais atrizes, escritoras e produtoras de Hollywood. Lutam, não só, pelo fim do assédio sexual no local de trabalho, como também pela igualdade de direitos entre homens e mulheres.

Desta iniciativa, também faz parte um fundo que já arrecadou milhões de euros em donativos, para ajudar legalmente as mulheres financeiramente desfavorecidas.

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Together we are stronger. 🎨 by @camixvx

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@mulheres.a.obra

A ideia do projeto Mulheres à Obra surgiu, primeiramente, num grupo de Facebook. Ali, mulheres discutem diariamente as suas necessidades e promovem um espírito de partilha e entreajuda.

Esse mesmo grupo deu origem a uma plataforma online onde vai encontrar vários recursos para mulheres que desejam começar o seu próprio negócio.


@heforshept

He for She é um projeto da Organização das Nações Unidas que tem como propósito promover o diálogo, entre todos os géneros, sobre os direitos das mulheres. Foi criado em 2004 e e dado a conhecer pela atriz Emma Watson, embaixadora da boa-vontade da UN Women.

Desde então, várias personalidades masculinas do mundo da política, negócios, cultura e outras celebridades aceitaram fazer parte deste movimento.


@gurlstalk

O Gurls Talk é uma plataforma online criada pela modelo e ativista Adwoa Aboah. Tem como objetivo a discussão de temas que vão desde a ansiedade até à igualdade salarial. Todos os assuntos são bem-vindos e livres de julgamentos.


@claranao

O Instagram da ilustradora Clara Não é uma galeria de arte a céu aberto. Na sua conta podemos encontrar uma mistura de palavras com ilustrações, que retratam não só questões do dia-a-dia, como também assuntos relacionados com o universo feminino.

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O que aconteceu na queima, mostrou mais uma vez os monstros machistas que andam por aí. Lembro-me perfeitamente da primeira vez que respondi a um piropo. Respondi-lhe instantaneamente: "vá-se foder". Depois de o fazer, comecei a perguntar-me se aquilo teria sido o melhor para dizer ao "senhor": o que deveria antes ter dito, o que deveria antes ter feito. Só quando cheguei a casa, depois de todo o caminho a pensar, é que reparei que eu estava a preocupar-me com a culpa que eu tinha no que lhe tinha dito e na melhor maneira de agir, quando o problema foi, na verdade, o piropo. Eu estava a culpar a vítima, eu própria. Vivemos numa sociedade que culpabiliza a vítima. Além disso, o ano passado, fui apalpada por um jovem, acompanhado de outro, em plena Avenida Rodrigues de Freitas, a 20 metros de casa. Eles eram dois, eu era uma. Eram 2 da manhã. Enquanto caminhava rápido, mandei vir com eles, e eles riram-se, como tivessem mais que direito de me apalparem. Eles eram dois, eu era uma. A rua estava deserta. Quando sei de casos como os da queima, lembro-me que poderia ter sido eu, naquela noite. Nos casos de violações, que são infinitas vezes piores do que me aconteceu, vêem-se comentários de resposta horripilantes, nojentos, tanto de homens como de mulheres. Fico assustada. Claro que podemos dizer que se fosse a filha, sobrinha, neta,destas pessoas horríveis a ser violada, que eles não responderiam assim. Mas aí também está o problema: eles só perceberiam se fosse alguém que fosse ligado a eles, de quem eles gostassem/ se sentissem próximos. Isto é uma falta extrema, preocupante e assustadora, de empatia. Por estas razões, é importante trazer estes assuntos à discussão. Por estas razões, @movimentonaoenormal, isto é para ti ❤️ e a todas as jovens: coragem. A todos os que vêm estas coisas a acontecer: façam qualquer coisinha. A todos as pessoas: quando ouvirem alguém a dizer/fazer estupidezes machistas, não deixem passar. Um dia é ela, outro dia és tu. 💪🏻 A CULPA NÃO FOI DELA, FOI DELE. QUEM FEZ COM QUE ISTO ACONTECESSE, NÃO FOI ELA, FOI ELE. #naoenormal #claranao #naofoiela #feminismo #igualdade #illustration #ilustracao #comic #bd

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Fontes: Estudo #StatusOfMind

Saiba, ainda, o que é necessário mudar para alcançarmos a igualdade de género. 

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