Parabéns à Saber Viver, pelos 20 anos de existência! É nestes momentos que constatamos que de facto o tempo passa a correr, como dizem. Que corrida maravilhosa esta!
Em jeito de celebração, gostaria de fazer uma breve revisão relativamente às alterações que temos vindo a presenciar no âmbito da gestão de carreira profissional. E que transformações!
A digitalização trouxe consigo uma forma completamente diferente de trabalhar. A Internet está ao nosso serviço como nunca esteve, e os empregos tiverem de se adaptar de forma a retirar o maior partido desta mudança.
A recolha de informação para sustentar determinada tomada de decisão ficou tremendamente mais facilitada e todo o fluxo informativo navega à velocidade da luz.
Em 20 anos passámos da análise de currículos em papel para a receção preferencial e mais rápida dessa informação por email. Mais!
Em muitos locais, a preferência passou do currículo em formato digital para um perfil na rede profissional Linkedin. Já agora: tem o seu perfil criado e atualizado? Espero que sim!
Da mesma forma, começamos a ter muito em conta as competências comportamentais (as soft skills ou power skills, como gosto de as chamar), e as competências técnicas passam muitas vezes para segundo plano.
Com isto quero dizer que, muitas vezes, os nossos comportamentos e atitudes são muito mais valiosos do que o “saber fazer”.
Na minha opinião, isto acontece como resposta à velocidade supersónica da nossa vida. É preciso saber gerir o stresse, as emoções, o tempo e o dinheiro ao mesmo tempo que gerimos as prioridades e família. Todo um conjunto de exigências que surgiram nos últimos 20 anos.
Nestes últimos três anos, assistimos também a mudanças bruscas no contexto social e mundial, que em muito afetaram a nossa gestão profissional.
Um vírus que nos trouxe o teletrabalho e, com isso, alguns novos problemas de saúde, mas também alguma suposta liberdade. Assistimos a crises económicas que nos obrigaram a reinventar posicionamentos, negócios e empregos. Assistirmos agora a uma guerra (quase) certa.
E quanto às remunerações, assistimos hoje a uma nova geração que preza mais a liberdade e a experiência do que propriamente o valor do salário ao final do mês. Será isso o resultado de muitas (e más) opções no panorama político e económico?
A juventude sai cada vez mais tarde de casa dos pais. Há 20 anos, esta situação seria impensável.
Mas, se me permite, também seria impensável considerarmos como prioridade a felicidade no âmbito profissional. E hoje é uma prioridade. Ganhámos essa clareza, e ainda bem. Mais do que ter um emprego certo, temos de ser felizes com o que fazemos, dado que passamos muito tempo a trabalhar.
Sabe uma coisa? Somos capazes de acompanhar tudo isto. Coisas maravilhosas acontecem quando saímos da nossa zona de conforto. Tenho a certeza que conseguiremos enfrentar tudo o que está para vir.
Parabéns também a nós!
Mafalda Almeida é a coach pioneira em Desenvolvimento Feminino, afirmando-se assim no mercado do desenvolvimento pessoal. É a autora do livro Veja em si a Melhor Mulher do Mundo (Marcador, 2018) e pode acompanhá-la através do seu site, Instagram e Facebook.