Nutrição

Sal: como escolher as versões mais saudáveis

É o condimento mais usado na culinária de todo o mundo, mas também o mais polémico. Aprenda a escolher as versões mais saudáveis do sal.

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Sal: como escolher as versões mais saudáveis Sal: como escolher as versões mais saudáveis
© SHUTTERSTOCK
Madalena Alçada Baptista
Escrito por
Out. 18, 2021

Este é um condimento cheio de contradições. O nosso organismo precisa tanto dele como de ar ou água… Sem sal, os nossos músculos não se contrairiam, o sangue não circularia, a comida não seria digerida e os nossos corações não bateriam. Contudo, nenhum outro composto foi objeto de tantos estudos e tão vilificado como o sal.

As entidades sanitárias sempre nos aconselharam a diminuir o seu consumo, e a Organização Mundial da Saúde diz que a ingestão elevada de sódio provoca tensão alta e aumenta o risco de ataque cardíaco e enfarte.

O medo em torno do sal por quem sofre de doenças cardíacas existe, mas é preciso educar as pessoas para que aprendam a distinguir sal marinho e sal de mesa refinado.

O sal comum não contém nutrientes bons. Já o marinho é natural e não refinado. Os sais refinados contêm lixívia, iodo e agentes que prolongam a duração do sal, mas que não são absorvidos pelo organismo.

A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo diário de 5 g de sal (1 colher de chá rasa), o equivalente a 2 g de sódio, para um adulto saudável

Uma pitada de sal

Flor de sal

Produzidos artesanalmente, estes pequenos cristais brancos contêm 10% mais sódio do que o sal refinado, mas contêm minerais como magnésio, iodo e potássio.

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© shutterstock

Um grama contém: 450 mg de sódio.
Fica bem com: De sabor intenso e textura crocante, deve ser polvilhado em pratos de peixe, legumes ou carne após a confeção dos alimentos.

Sal marinho

Obtido pela evaporação da água do mar, pode apresentar diferentes composições minerais, cores distintas e várias texturas, dependendo da região de onde é extraído.

© pexels

Um grama contém: 390 mg de sódio.
Fica bem com: É pouco salgado e usado para temperar carne, peixe e legumes, realçando o seu sabor.

Sal iodado

No fundo, é sal marinho enriquecido com iodo – 20-40 mg de iodo por kg de sal. O iodo é um micronutriente essencial à síntese de hormonas da tiroide.

© rawpixel

Um grama contém: 390 mg de sódio.
Fica bem com: Caso não existam contraindicações, recomenda-se que o use, nas quantidades recomendadas, como substituto do sal marinho.

Sal rosa dos Himalaias

Tal como o sal marinho, é menos processado e refinado. Contém mais de 80 minerais em pequenas quantidades, tais como cálcio, magnésio, potássio, cobre e ferro.

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Um grama contém: 230 mg de sódio.
Fica bem com: É usado para temperar carne, peixe, saladas ou legumes, e também para decorar.

Sal vermelho do Havai

Não refinado, a sua cor avermelhada deve-se à presença de argila vulcânica vermelha havaiana (alaea), rica em dióxido de ferro.

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Um grama contém: 390 mg de sódio.
Fica bem com: O seu sabor suave torna-o ideal para saladas, massas ou grelhados.

Sal preto do Chipre

Oriundo da região de Larnaca, no Chipre, é um sal marinho misturado com carvão ativado, daí a sua tonalidade exótica e peculiar.

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Um grama contém: 390 mg de sódio.
Fica bem com: É o sal ideal para cozinhar peixe e também para temperar legumes crus.

Fonte: Lusiadas.pt.
A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 255, setembro de 2021.

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