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Sexo na gravidez: sim ou não? Especialistas respondem à questão

São muitas as dúvidas que pairam no ar quando o tema é sexo na gravidez. Embora não haja uma resposta universal, porque cada caso é um caso, duas especialistas explicam os meandros da questão.

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Sexo na gravidez: sim ou não? Especialistas respondem à questão Sexo na gravidez: sim ou não? Especialistas respondem à questão
© Shutterstock
Tânia Alexandre
Escrito por
Jun. 23, 2019

Durante a gravidez, são vários os casais que evitam ter relações sexuais porque sentem um certo desconforto ou porque temem prejudicar a gestação ou o desenvolvimento do bebé.

Na verdade, salvo algumas exceções, a vida sexual do casal não precisa de sofrer grandes alterações durante a gravidez (no pós-parto, a questão é outra), dado que o sexo e a sexualidade continuam a ser uma componente importante nesta fase da vida na preservação da intimidade e união do casal.

Para a psicóloga Filipa Jardim da Silva, “existem mulheres cuja libido aumenta de forma significativa na gravidez e outras que reconhecem ter pouco desejo sexual. De igual forma, existem homens que sentem uma enorme atração pelo corpo da sua companheira grávida e outros que assumem sentir-se constrangidos e com receios por causa do bebé.”

A sexualidade engloba muito mais do que ter relações sexuais, pelo que o estímulo dos sentidos é um caminho para cultivar intimidade e cumplicidade no casal – Filipa Jardim da Silva, psicóloga 

“Perante um corpo que se vai transformando e que em algum momento pode estar mais pesado e menos flexível, importa que exista a capacidade de fornecer prazer e de fazer a mulher sentir-se desejada”, explica.

Por isso é que a comunicação, a criatividade e o afeto são as peças-chave para uma sexualidade satisfatória durante a gravidez.

“A sexualidade engloba muito mais do que ter relações sexuais, pelo que o estímulo dos sentidos (através do recurso a massagens com óleos agradáveis, velas com cheiros prazerosos, banhos partilhados a dois) é um caminho para cultivar intimidade e cumplicidade no casal”, acrescenta a especialista.

Para a enfermeira Carmen Ferreira, só “em casos de ameaça de aborto ou parto pré-termo (antes das 37 semanas) é aconselhada a abstinência sexual. Caso contrário, a vida sexual do casal pode ser mantida, com pequenos ajustes e de acordo com a variação da libido da mulher ao longo da gravidez”.


Agora que já sabe o que as especialistas pensam sobre o assunto, descubra alguns mitos sobre sexo: as verdades que deve (mesmo) saber.

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