Bem-estar

Inteligência emocional: acabe de vez com a negatividade

As nossas emoções podem ser controladas, ou orientadas, para se tirar o melhor partido delas. A isso chamamos inteligência emocional. Um do grandes benefícios? Ajuda-nos a combater a negatividade.

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Escrito por
Abr. 19, 2018

Rir é o melhor remédio, já diz o povo há muitos anos. E comprovam agora também os especialistas. Raul de Orofino, um dos acérrimos defensores do humor para fazer passar a mensagem: a vida é divertida e temos de saboreá-la. “Há pessoas que vivem como se estivessem mortas”, refere o ator, orador, autor e professor de inteligência emocional.

O especialista explica ainda que inteligência emocional está ligada a todas as nossas células, pois contêm “inteligência, afeto e sensibilidade”. “Quando ficamos de mau humor, isso passa para as nossas células. E, se passa para as células, tendemos a ficar doentes”, afirma.

Afinal, o que é a inteligência emocional?

Para Pedro Brás, diretor-geral e psicoterapeuta da Clínica da Mente, “traduz-se na capacidade de reconhecer e avaliar as emoções em si próprio e nos outros, e na habilidade de as controlar e direcionar”.

Este especialista percebeu cedo que as experiências que vivemos ao longo do tempo fazem de nós o que somos. Logo, o cérebro é apenas um órgão que acumula essas experiências e as processa através da mente.

Percebi que as pessoas que estavam tristes, ansiosas, com medos, não tinham conseguido ultrapassar experiências dolorosas, o que me levou a fazer ligações entre as diferentes situações e mapeá-las. Assim, estudei a fundo a forma como a nossa mente funciona e desenvolvi técnicas para que possam sair, sem medicação, dos estados negativos em que se encontram”, explica.

A observação de pessoas com mais de 65 anos mostra que os que têm um sentido positivo da vida alcançam idades mais avançadas

Pensamentos positivos trazem longevidade

José Pinto da Costa, doutorado em Ciências Médicas com especialização em Psiquiatria e Medicina Legal, e ainda presidente do Instituto CRIAP, que forma diversos profissionais na área da saúde, acredita que os pensamentos positivos aumentam a longevidade do ser humano.

“A observação de pessoas com mais de 65 anos mostra que os que têm um sentido positivo da vida alcançam idades mais avançadas. Isto acontece, inclusive, em pessoas com patologias graves, como o cancro, atingindo-se uma sobrevivência de mais sete anos e meio”, refere o especialista.

O comportamento bioquímico dos 100 mil milhões de células nervosas é influenciado por estímulos internos e exteriores ao corpo humano. Estes promovem a libertação de substâncias químicas que são mensageiras dos comportamentos e atitudes.

Por exemplo, sabe-se que o humor está intimamente ligado ao sistema límbico responsável pela memória e pela tomada de decisões. O sistema límbico está ligado diretamente ao bolbo olfativo, onde se processam os sinais de cheiro colhidos pelo nariz, estabelecendo uma ligação biológica que possibilita que os odores tragam uma recordação”, diz.

Podemos ser arquitetos da nossa vida emocional e a isto chama-se Inteligência Emocional. E todos podemos cultivá-la

Controlar ou não as emoções

Lisa Feldman Barret, neurocientista e investigadora na Northeastern University, em Boston, estuda as emoções humanas e os seus efeitos no cérebro há mais de 25 anos.

Afinal, o que são emoções? A investigadora diz que são palpites, pensamentos, suposições que o nosso cérebro constrói. Tudo isto a partir das experiências anteriores e que todos temos controlo nesses pensamentos. Portanto, as emoções não estão no nosso cérebro quando nascemos, são construídas por nós.

“O nosso cérebro está dotado de ligações que nos permitem mudar a nossa vida emocional. Podemos mudar os ingredientes do nosso pensamento e fazer previsões diferentes, que nos levam a emoções distintas. Podemos ser arquitetos da nossa vida emocional e a isto chama-se Inteligência Emocional. E todos podemos cultivá-la”, explica.


Sabia tudo isto sobre inteligência emocional? Veja ainda quais os passos que deve seguir para ser mais feliz.

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