A firma que está a querer revolucionar a forma como encaramos “aquela altura do mês” chama-se Coexist e fica em Bristol, no Reino Unido. Bex Baxter, diretora da empresa, quer instituir uma licença de menstruação e a ideia já está a ser testada. Embora até ao momento não se saiba em que moldes funcionará esta inédita política (apenas que não é obrigatória), Baxter assegurou à Saber Viver que “entrará em vigor em janeiro”. Só em 2017 teremos os dados concretos de como esta iniciativa afeta a produtividade da empresa.
Menstruação: dores que afetam a produtividade
Numa empresa onde quase 80 por cento dos colaboradores são do género feminino e mais de metade sofrem de dismenorreia, a diretora da Coexist acredita que a licença de menstruação possa trazer bons resultados. Em declarações ao jornal The Guardian, Baxter disse que “pode ser bom para o negócio”. Para a diretora da empresa e criadora da iniciativa, ao permitir que as suas funcionárias recuperem em casa do mal-estar causado pelas cólicas menstruais, está a “respeitar os seus ritmos naturais, o que favorece a capacidade de concentração e a criatividade”.
Por enquanto, ainda não sabemos se esta licença de menstruação terá efeitos positivos para a Coexist. No entanto, um inquérito realizado com mulheres confirmou que nove em dez experienciam cólicas menstruais. Mil pessoas do género feminino admitiram que a dismenorreia afeta a sua produtividade todos os meses, mas apenas 27 por cento relataram o facto aos seus superiores hierárquicos. Bex Baxter explica que isso acontece, porque “ainda há um tabu em torno do período e muitas mulheres sentem-se culpadas ou envergonhadas”. Acontece que tentam aguentar as dores ou tomam comprimidos para minimizar os sintomas, mas o desconforto permanece.
A líder da empresa Coexist declara que ter a possibilidade de “recuperar calmamente em casa” não só proporcionará um maior bem-estar às funcionárias, como as ajudará a cumprir os objetivos. De qualquer modo, caso a empresa também adote uma política de home office, poderão trabalhar a partir de casa. Isto, claro, se lhes for facultada a tecnologia necessária (por exemplo, computador portátil e smartphone). Independentemente dos resultados desta experiência, tudo indica que a satisfação dos colaboradores começa a estar no centro da estratégia das empresas.
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