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Será que está a lavar o cabelo com o champô mais adequado?

Será que está a lavar o cabelo com o champô mais adequado?

Lavar o cabelo é um ato tão rotineiro que mal precisamos de pensar no seu passo a passo. Molhar os fios, aplicar champô, retirá-lo e sair do banho. Simples. Mas será assim tão simples? Conversámos com dois especialistas para ir à raiz da questão, respondendo até às questões aparentemente mais básicas.

Por Mai. 14. 2025

Fizeram-nos acreditar, durante muito tempo, que lavar o cabelo todos os dias era um pecado capital tão grave quanto ir para a cama sem retirar a maquilhagem ou não aplicar protetor solar diariamente. No entanto, Paulo Morais, médico especialista de Dermatologia e Venereologia, esclarece que “a frequência ideal de lavagem do cabelo varia de acordo com o tipo e tamanho do cabelo, estilo de vida e necessidades individuais”, o que significa que algumas pessoas beneficiam em fazê-lo.

Cabelos oleosos podem necessitar de lavagens diárias ou em dias alternados, enquanto cabelos secos ou encaracolados podem ser lavados duas vezes por semana ou menos”, indica. “Quem pratica atividade física intensa ou se encontra exposto a poluição ou poeira pode precisar de lavar o cabelo com mais frequência”, acrescenta. Se optar por entrar no duche à noite, não se esqueça de o secar bem, uma vez que deitar-se com os fios húmidos é prejudicial para a saúde do seu cabelo.

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Como lavar o cabelo?

Aprendemo-lo a fazer quando somos ainda crianças e levamos a mecânica para o resto da vida, pelo que lhe damos tanta atenção quanto ao ato de piscar os olhos ou respirar. Porém, existe um conjunto de detalhes importantes no processo, que fazem toda a diferença no resultado final. “O champô deve ser aplicado apenas no couro cabeludo, utilizando-se a ponta dos dedos para o massajar suavemente em movimentos circulares”, começa por explicar o dermatologista, clarificando que “o objetivo é limpar o couro cabeludo e remover a oleosidade excessiva, sendo a espuma que escorre durante o enxaguamento suficiente para limpar a haste capilar sem ressecar”.

Ricardo Vila Nova, tricologista conhecido como ‘o encantador de cabelos’, sublinha que “devemos insistir nas áreas da nuca e por de trás das orelhas, onde se acumula também a transpiração”, em vez de dedicarmos todos os nossos esforços no topo da cabeça, como é habitual. “Em alguns casos, se o couro cabeludo não apresenta muita oleosidade, uma passagem de champô é suficiente”, refere o profissional, que, ainda assim, recomenda duplicar esta ação “para termos a certeza de que eliminamos a possibilidade de más condições de pele como dermatites e fungos”.

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Paulo Morais avança que esta “dupla lavagem é recomendável em cabelos oleosos, bem como em quem utiliza frequentemente finalizadores e produtos capilares, lava o cabelo com pouca frequência ou se expõe à poluição, cloro ou poeira”.

Quanto à temperatura, deve ser preferida “água morna ou fria para preservar a hidratação natural do cabelo” e terminar a lavagem com a torneira voltada para o frio, de forma a “ajudar a selar as cutículas e reduzir o frizz”, nota o médico. É importante remover todos os resíduos de champô, “para reduzir o risco de irritação do couro cabeludo”, conclui.

Qual é o melhor champô para mim?

Cabelos oleosos

“A prioridade na seleção de um champô é sempre o couro cabeludo”, alerta Ricardo Vila Nova. Assim, “em cabelos oleosos, devemos utilizar champôs de limpeza equilibrados e seborreguladores”, com fórmulas leves e “extratos botânicos, como chá verde e alecrim, e argila, para combater a oleosidade excessiva”, sem sulfatos agressivos e óleos na composição, menciona Paulo Morais.

Cabelos secos

Já nos cabelos secos, são recomendáveis “produtos hidratantes ou nutritivos”, com ingredientes como “glicerina, pantenol, aloé vera, manteiga de karité e óleos vegetais (ex.: argão, coco, abacate)”, refere.

Cabelos densos e finos

No que diz respeito a fios encaracolados e muito densos, são indicadas opções “suaves e hidratantes” e, nos cabelos finos ou sem volume, “devem usar-se champôs volumizadores”, evitando-se produtos “muito cremosos ou com óleos pesados”, afirma Paulo Morais.

Cabelos pintados

Para os pintados ou quimicamente tratados, “sugere-se o uso de champôs protetores da cor e reparadores”, optando-se por “fórmulas com antioxidantes, proteínas e proteção UV, sendo a queratina, as ceramidas e os aminoácidos úteis para fortalecer os cabelos danificados”. Nestes casos, deve pôr de lado opções ricas em sulfatos, pois “podem secar excessivamente o cabelo e remover os pigmentos da cor”.

Couro cabeludo sensível

Por fm, quando o couro cabeludo é sensível, “a escolha deve recair sobre champôs suaves ou dermatológicos”, com “fórmulas livres de sulfatos e fragrâncias agressivas, de forma a evitar irritações. Ativos calmantes como camomila, pantenol e aloé vera são ideais nestes casos”, termina.

Ricardo Vila Nova recorda ainda que , embora os silicones sejam considerados um “ingrediente favorito como antifrizz e para trazer mais brilho”, não devem fazer parte da composição dos produtos de cabelo, dado que “o uso excessivo pode provocar saturação e danificar a estrutura de cutícula a longo prazo”.

Posso comprar o champô no supermercado?

Em algum momento da nossa vida, já todas ouvimos que os produtos de cabelo disponíveis nos supermercados não são adequados. Mas será que é assim? “Os champôs low-cost não são necessariamente maus”, reflete Paulo Morais, que defende ser “necessário avaliar a sua composição, as necessidades do cabelo e a frequência do seu uso”. E coloca os pontos nos is: “De uma maneira geral, se usar um champô de supermercado, deve optar por versões sem sulfatos agressivos, que podem causar secura excessiva e prejudicar ou remover o alisamento e outros tratamentos químicos efetuados, bem como sem silicones insolúveis e derivados de petróleo, que criam uma película na haste capilar e dificultam a hidratação real.

Por outro lado, se o cabelo for seco, danificado ou pintado, a maioria dos champôs ‘baratos’ não têm fórmulas suficientemente nutritivas para responder eficazmente a estas necessidades”.

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O que é o pré-champô e para que serve?

Cada vez mais ouvimos falar em pré-champô, mas as dúvidas em seu torno persistem. Tal como o nome indica, é um produto aplicado antes da lavagem com o champô “para proteger, nutrir, fortalecer e preparar os fios, evitando o ressecamento, o cabelo embaraçado e danos durante a limpeza”, elucida Paulo Morais. Pode ser também um excelente aliado para cabelos secos, danificados, quimicamente tratados e encaracolados, uma vez que ajuda “a preservar a barreira de proteção do couro cabeludo, permitindo eliminar com eficácia toxinas ou a acumulação de resíduos”, complementa Ricardo Vila Nova.

As nossas sugestões, para cada tipo de cabelo

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A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 298, abril de 2025.
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