
10 autobronzeadores para uma pele beijada pelo sol antes do verão
O desejo por uma pele beijada pelo sol mantém-se, mas os danos causados pela exposição solar desprotegida levam-nos em busca de alternativas seguras. Preparada para exibir uma tez ensolarada como se tivesse acabado de regressar de férias, sem riscos para a sua pele? Descubra o mundo dos autobronzeadores.
Não foi assim há tanto tempo que se começou a aconselhar o uso da proteção solar diária com a devida reaplicação. Nos anos 80, adolescentes cresciam a espalhar óleo bronzeador em cada centímetro da pele. E ainda nos dias de hoje, culturalmente uma pele bronzeada ainda é sinónimo de beleza e aspeto saudável. O grande problema? Uma pele dourada é uma pele que esteve exposta ao sol, e a falta de proteção solar acarreta consigo uma série de sequelas, sendo os escaldões e as manchas cutâneas apenas algumas delas.
É aqui que entram os autobronzeadores, uma alternativa para quem deseja uma tez bronzeada e, acima de tudo, saudável. Recentemente, estes cosméticos bem conhecidos no mercado da beleza têm vindo a surgir, cada vez mais, na forma de séruns para o rosto, pensados para uma rotina de skincare diária.
Como funcionam?
Os autobronzeadores podem parecer magia num frasco, um pouco como aqueles anéis que “mudam de cor” conforme o nosso estado de espírito, mas trata-se apenas do poder da ciência. Explicamos-lhe. Existem várias substâncias bronzeadoras, mas “a mais comummente utilizada nos autobronzeadores é a dihidroxiacetona (DHA), um açúcar que reage com componentes da pele, produzindo pigmentos de coloração acastanhada, mas não melanina”, conta-nos Marta Ribeiro Teixeira, dermatologista na Clínica Espregueira Porto. “Isto é importante de sublinhar, porque estes pigmentos não conferem proteção à pele contra a radiação ultravioleta, ao contrário da melanina”.
“Outra substância utilizada nos séruns autobronzeadores é a eritrulose, um açúcar natural que produz um tom bronzeado mais lentamente do que a DHA. Muitas vezes, estes dois ingredientes são utilizados em conjunto nos cosméticos, de forma a obter um efeito mais duradouro”, explica a dermatologista.
Vantagens dos autobronzeadores
A grande vantagem dos séruns autobronzeadores é, de facto, conseguirmos uma pele beijada pelo sol sem a necessidade de estarmos, efetivamente, ao sol, como realça a dermatologista. “É assim obtido um tom de pele bronzeado, mas sem os efeitos nocivos da radiação UV, quer ao nível do fotoenvelhecimento, quer ao nível do risco de cancro de pele”. “
Além disso, a sua aplicação em sérum permite uma experiência sensorial mais agradável e a conjugação com outros princípios ativos, tais como hidratantes e antioxidantes, potencia os seus efeitos, conferindo à pele hidratação e luminosidade”, afirma a especialista.
Como introduzir na rotina diária
Como vimos, à lista de benefícios destes séruns acrescenta-se a simplicidade de aplicação. Podem ser utilizados todos os dias na rotina de cuidados de pele (se assim o desejarmos) ou algumas vezes por semana para obtermos um resultado mais subtil, tendo sempre em atenção as instruções de cada produto. Quanto maior a concentração de DHA, mais bronzeada fica a pele, e vice-versa.
“A sua utilização diária permite ainda resultados mais estáveis e uniformes, contrariamente aos autobronzeadores clássicos, muitas vezes conhecidos pela sua coloração alaranjada nos primeiros dias após aplicação”, compara Marta Ribeiro Teixeira. “Na maioria dos casos aconselha-se que sejam misturadas algumas gotas destes séruns com o creme hidratante, sendo esta mistura aplicada no rosto limpo”.
São mesmo seguros?
“Para quem quer obter um tom de pele bronzeado, esta é uma opção segura e a escolha certa em detrimento da exposição solar desprotegida”, afirma a dermatologista. Contudo, devemos ter alguns cuidados com o seu uso.
É importante que não se esqueça de esfoliar a pele do rosto na noite anterior, e que lave muito bem as mãos depois da aplicação. Deve ser evitado em “pacientes com hiperpigmentação como o melasma, pelo risco de se obterem resultados estéticos pouco satisfatórios”, e também evitados na “zona periocular em pessoas com peles sensíveis ou olheiras pigmentadas, sob pena de desenvolverem eczemas nas pálpebras ou agravarem as suas olheiras”, enumera a dermatologista.
Para quem tem a pele sensível, é aconselhável “aplicar uma pequena quantidade numa área reduzida do rosto como teste antes da sua utilização generalizada”, conclui. E, claro, não se esqueça de que os autobronzeadores dão à pele uma aparência bronzeada, mas não concedem qualquer proteção contra os raios de sol.